Encontros pela vida

Enquanto tem meses que eu tenho coisa de sobra pra falar, tem meses que eu tento espremer qualquer coisinha que valha a pena virar um texto.

Nesse mês de agosto podia falar na falta de fé que sinto com a humanidade e as barbaridades, podia falar o quão rápido agosto passou. Podia ainda falar o quão maravilhoso o verão foi ou que faltam apenas 4 meses pro ano mais doido das nossas vidas acabar.

Depois de tanto refletir, decidi falar o quanto eu e mozão achamos pessoas legais no nosso caminho pela vida.

Quando saímos do aconchego de Brasilia e deixamos todas essas certezas pra trás, achávamos que lá tínhamos deixamos os únicos e possíveis amigos de uma vida inteira.

Ledo engano. O rio nos apresentou pessoas maravilhosas. Luizera e mozão logo se tornaram bons amigos e eu me juntei a esse casal pra fazer os programas mais aleatórios que 3 forasteiros no rio podiam fazer. Depois veio joao felipe e toda as gargalhadas que conviver com esse cearense arretado trazem. Ju, Lucas e Ana vieram pra nos certificar que nosso caminho vai sendo preenchido por pessoas que valem a pena. Junte a essa trupe o nosso querido porteiro Geraldo e Seu João que nos tratávamos como filhos e eram a alegria do nosso prédio.

St Johns parecia fria de primeira mas foi tanta gente legal que conhecemos que sempre me pego pensando what are the odds da gente encontrar tanta gente legal no fim do mundo,numa ilha no Atlantico.

Passamos o primeiro ano novo canadense ao lado de Ciro e Nanda, e o ano que se desdobrou trouxe tanta gente animada pra nossa vida. Mal podia acreditar que estando a tantos quilômetros de distancia do Brasil me sentia em terras tupiniquins sempre que encontrava com essa galera boa. Teve Jô e tantas longas conversas que me faziam refletir tanto sobre a vida. Aí vieram os bebês, meu encontro de almas em terras newfies. Bebês e seus respectivos encheram nossa casa de muito amor, calor e conversas cheias de alegria. Os meses que passamos grudados foram um dos melhores da minha vida.

Honra ao mérito vai pras canadenses mais legais que conheci naquela ilha: jenzinha e seus catioros; princess heather and querida Michelle.

Ottawa já começou muito bem. Conheci gente do mundo todo nun trabalho em que meu maior serviço era bater papo hahaha. Jamey, a canadense mais BR que conheci. Yasmin e suas delicias de bangla. Pouya que é a pessoa mais boa praça que eu e mozão conhecemos.

Recentemente conhecemos brasileiros que queremos por perto e que conseguimos gastar horas batendo um bom papo e esquecendo que estamos em outro país. Bia e Cassio ensinaram a nós como é possível ver migles todo fim de semana e ainda ter tanto papo.

A aventura de ser expatriado é um eterno cabo de guerra entra a fuga do seu país e do encontro com a sua brasilidade.

A brasilidade é o que eu amo em todas as pessoas que conheço aqui. Somos muito felizes com as pessoas que encontramos pela vida. De verdade. Viver essas relações nos fortalece e nos ajuda a continuar acreditando que tem muito mundo bom pra desbravar ainda.

Tenho que concordar que isso me encanta. Por tantos lugares que passamos, pudemos dividir nossa horas com pessoas tão legais. É a velha metáfora que Cora Coralina um dia me ensinou: meu coração é um colcha de retalhos, e de cada encontro dou e recebo um pouco, que juntos me ajudar a permanecer confiante que a vida vale a pena ser vivida ao lado de pessoas que escolhemos e que bem, estavam na hora e no lugar certo pra esse encontro acontecer.

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